O diagnóstico de doenças graves é uma das condições mais ameaçadoras e mais temidas pelas pessoas. Leia o artigo do Lila sobre o tema.
Diferentes estudos realizados no Brasil, Reino Unido, Estados Unidos e Coreia revelam que o câncer, dentre as doenças graves, representa o maior temor das pessoas em todo o mundo quando se fala de saúde (Câncer é o maior medo dos brasileiros, mostra pesquisa do Datafolha, 2019; “National Survey on Cancer Research Funding,” n.d.; Cho et al., 2013; Murphy et al., 2018; Vrinten et al., 2015).
O diagnóstico e tratamento dessa doença costuma ser longo e desafiador. Ele pode envolver múltiplas etapas como exames, biópsias, cirurgia, radioterapia, quimioterapia e o acompanhamento após terminado o tratamento. Trata-se, portanto de uma jornada na qual são estabelecidas relações entre os cuidadores e quem está sendo cuidado. Daí porque a comunicação é parte essencial do processo.
Quando o Institute of Medicine em 2001 nos Estados Unidos propôs um redesenho do seu sistema de saúde para o século 21, foram listados seis grandes eixos temáticos: segurança; efetividade; cuidado centrado no paciente; presteza; eficiência; equidade (Institute of Medicine (US) Committee on Quality of Health Care in America, 2001). Destes eixos, destacamos aqui o cuidado centrado no paciente que nas últimas décadas ganha grande visibilidade e vem sendo amplamente discutido.
É diante de todo este cenário que a boa comunicação se faz necessária, presente em todos os eixos temáticos, mas de forma especial, no eixo do Cuidado Centrado no Paciente, a chamada “Comunicação Centrada no Paciente”(CCP) (Ishikawa et al., 2013; Michie et al., 2003). Falaremos muito desse assunto nos próximos posts.